quinta-feira, 29 de abril de 2010

O Blog

O blog do projeto “Quebra do muro” tem como objetivo registrar e expor as experiências vivenciadas por nós, alunos da escola Carandá, ao longo do projeto “Quebrando Muros, Construindo Pontes”.
Nós participaremos do trabalho executado pela ONG “Um teto para meu país”, a partir de uma união entre as aulas de filosofia com o projeto da ONG.
A ONG tem como missão melhorar a qualidade de vida das famílias que atualmente vivem em situação de extrema pobreza, por meio de construções de casas de emergências e planos de habitação social, implementados em um trabalho conjunto de moradores e voluntários. Outro objetivo é denunciar essa realidade de milhões de pessoas, promovendo a solidariedade e a justiça social.
Nossa atuação será de arrecadamento de capital para a construção das casas e da própria construção das casas de emergência.
Tal projeto vai dar as famílias uma ajuda mínima, que fará uma grande diferença na vida das famílias ajudadas, porém não vai mudar completamente suas condições de vida. E nossa participação no projeto como voluntários, pode mudar as relações que estabelecemos com o mundo, nos fazer crescer quanto pessoas e mudar a nossa forma de enxergar, de nos situar no tempo em que vivemos, a partir de experiências praticas e teóricas, porque veremos uma realidade um tanto distante da nossa.
Nesse blog todos poderão acompanhar nosso percurso, através de depoimentos feitos por nós alunos. Aqui contaremos nossa história, e criaremos um meio de expressão para que possamos mostar a nós mesmos e ao mundo os efeitos de nossas experiências, proporcionadas pelas partes praticas e teóricas do projeto.

Em agradecimento a Escola Carandá que nos cedeu espaço para sermos pioneiros como voluntários de ensino médio, nesse trabalho.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Reportagem da revista Época sobre o projeto : ''Um Teto Para o Meu País''

Voluntários erguem casas em dois dias na periferia
Empunhando serrotes e cavadeiras, universitários da ONG Um Teto Para Meu País passam o feriado no canteiro de obras para retirar famílias carentes de moradias de risco
por Nathalia Ziemkiewicz

“Falta só o telhado, gente!”, avisa Alexandre Dentes, o “Xuxa”, 22 anos. Estudante de engenharia da USP, ele lidera uma equipe de oito universitários, que cursam de relações internacionais a tecnologia da informação e têm entre 20 e 24 anos. Naquele final de semana de novembro, prolongado pelo Dia da Consciência Negra, eles trocaram viagens com os amigos por um canteiro de obras onde deram expediente das 8h às 18h. Mais que cansados, todos estão ansiosos na manhã de domingo. Dentro de algumas horas, vence o prazo para a entrega da casa que passaram os últimos dois dias construindo. Equilibrada sobre as paredes de madeira recém-erguidas, Janaína Gomyde, 24 anos, participa pela primeira vez de um dos mutirões realizados pela ONG Um Teto Para meu País (carinhosamente chamada de “o Teto”). Com olhos de novata, repara no esforço de Camila Conegundes para serrar toras: mesmo depois do comprimido de relaxante muscular, os braços estão exaustos. Ela reveza a tarefa com um imundo Ricardo Troster, vestindo pelo terceiro dia consecutivo aquela roupa de trabalho. Janaína também observa Thiago Alencar, o “Hulk”, carregando mais telhas do que poderia suportar; Gabriel Nilson esticando a trena para Diana Badaró fazer marcações; e Gabriela Yamaoka contando pregos. Uma semana atrás, ao declinar um convite para ir à praia, Janaína ouviu dos amigos: “Você está doida. Vai construir uma casa na favela – e no feriado?”.

Janaína não era a única. Na noite de quinta-feira, ela se juntou a outros 269 voluntários e embarcou num dos ônibus que os levaram a dois bairros em Guarulhos e dois em Suzano. Eles foram selecionados entre os 410 inscritos no site do Teto para o 21º mutirão promovido na Região Metropolitana de São Paulo. Graças aos R$ 39 mil arrecadados nos últimos meses em doações e campanhas nas ruas, os jovens teriam a missão de construir, ao todo, 20 casas de madeira em três dias. Muitos deles podiam contar nos dedos as marteladas que haviam dado na vida. Mas foi essa inexperiência técnica que contou pontos no processo de seleção. O Teto privilegia interessados que nunca participaram das construções de casas para retirar famílias de moradias em situação emergencial. De voluntário novo em voluntário novo, a ONG fundada no Chile, em 1997, pelo sacerdote Felipe Berríos, se instalou em 15 países latino-americanos – depois de praticamente zerar as necessidades de seu país de origem, onde entregou mais de 30 mil casas.

Por aqui há três anos, período em que ergueu 230 tetos, a ONG tem um desafio geográfico bem maior. Só na Região Metropolitana de São Paulo (que engloba a capital e mais 28 municípios), o deficit habitacional é de 446.332 domícilios, 311.598 deles na capital, segundo pesquisa realizada em 2003 pela Fundação João Pinheiro. O levantamento mais recente sobre condições de vida, realizado pela Fundação Seade em 2006, revela que 7% da população paulista mora em favelas. Por isso, o Teto pretende assentar seus alicerces em São Paulo antes de expandir para o resto do país. “Queremos atuar primeiro na periferia da periferia, onde as casas são feitas inclusive de papelão”, diz Larissa Dantas, diretora social.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Primeiras Impressões (Julio Blay)

As minhas impressões sobre o projeto Construindo Pontes e Ligando Mundos, são sobre uma inevitável aproximação entre camadas opostas da sociedade. Uma forma de nos aproximarmos da realidade em que uma grande camada da população mundial vive, e fazer algo para ajudá-los. Esse projeto, em parceria com a ONG, é a melhor forma para vivermos tal realidade, e contribuírmos para ajudar pessoas mais necessitadas.

Primeira Impressões (Renato Cunha)

Ao olhar pela primeira vez o projeto me deparei com algo nunca visto antes. Uma aproximação que nos colocava diante de uma realidade totalmente contrária a nossa e que, talvez, temos contato apenas em notícias de jornais e televisão.
Isso me fez ter uma perspectiva muito boa quanto a ideologia adotada no projeto e quanto isso nos retornaria em forma de experiência de vida que acabou só aumentando mais após ver como tudo funcionará.

Primeiras Impressões (Caio Trevisan)

O projeto “Um teto para o meu país” tem uma proposta muito importante e interessante, pois ele, através do contato com uma realidade a qual temos conhecimento, porém não temos contato direto, fará com que passemos a ter um contato direto, e dessa forma, fará com que tanto a nossa visão de mundo, como a das pessoas ajudadas pela ONG, mude.

Primeiras Impressões (Patricia Pinheiro)

Um teto para meu país é uma organização que tem como objetivo combater a pobreza, por meio de construção de casas de emergência e planos de habilitação social.
No Brasil esta instituição foi fundada em 2006 na cidade de São Paulo, e desde então já foram construídas mais de 200 casas nos municípios paulistas.
A construção das casas acontece com a ajuda de voluntários universitários e dos moradores. Essas casas são construídas em dois dias, por grupos de 8 a 10 pessoas mais as famílias. Deste modo, os voluntários tem a oportunidade de conviver com essa realidade.
A partir deste trabalho, eu acredito que iremos crescer como pessoa, iremos sair de nosso mundo e conhecer uma realidade totalmente diferente, uma experiência que poderá mudar nosso olhar para o resto de nossas vidas.

Primeira impresões (Tomás Franceschini)

A ONG "Um teto para o meu país" está no Brasil desde 2006 com o intuito de ir para comunidades necessitadas, pobres, com pouca infra estrutura que sofre de desastres e destrói as esperanças das pessoas que lá vivem, para ajuda-las.
A ajuda que os voluntários que participam do projeto faz é a construção de casas para moradores desses lugares que são selecionados por seu estado, como o nível de segurança, conforto, das casas em que moram
Esse projeto foi posto a nossa frente pelo professor que nos fez pergunta de querer participar dessa movimentação das pessoas para ajudar a pobreza que esta na nossa realidade.
Participando dessa ação de construção de uma esperança para pessoas que vivem no mesmo mundo que nós vivemos com conforto e luxo, irá abrir nossos olhos para a realidade que vivemos e crescer um lado maduro de conscientização.

Primeiras Impressões (Veridiana M.S.)

O projeto que estamos somente iniciando, servirá para nossa percepção da época que vivemos. Nos conscientizaremos da pobreza a nossa volta e nossa cumplicidade no sistema onde ela existe.
Esse projeto é a nossa mobilização diante desta desigualdade.
Nosso objetivo ainda parece distante, ainda não fomos até a comunidade ou tivemos um workshop de construção, mas até o final deste ano teremos a base para nos envolvermos realmente com a ONG Um Teto Para Meu País.

Primeiras Impressões (Rodrigo Valenza Dinardi)

No início do ano o professor Pedro entrou na sala e colocou em discussão que conteúdos iríamos aprender este ano, nos perguntando sobre o que nos interessava. Depois de um certo debate ele nos trouxe a informação sobre o projeto já existente, da ONG chilena, chamado “Um teto para meu país”. Então nos perguntou se esta ideia nos interessava, a mim, interessou, assim como a todos. Então fizemos pesquisas e nos aprofundamos no conteúdo da Modernidade. No começo, admito uma certa insegurança, não estava tão certo de que o projeto seria interressante, mas ao conhecê-lo melhor, me interessei de verdade. Essa experiência com certeza será um benefício para nós.

Primeiras Impressões (Carolina Lucena)

Depois de entrar no site “Um teto para meu país”, minhas primeiras impressões se confirmaram. A ONG tem como objetivo tentar mudar a situação de extrema pobreza que grande parte da população do Brasil se encontra, e eles fazem isso por meio da construção de casas de emergência e execução de planos de habilitação. Esse tipo de mobilização por parte de pessoas que tem conhecimento da situação do Brasil e que de fato querer fazer algo para mudar é além de essencial, inspirador e me deixou extremamente motivada a participar desse projeto e ter a oportunidade de ajudar alguém que precisa.

Primeiras Impressões (Bárbara Moura Mühle)

Minhas primeiras impressões sobre o projeto foram muito boas, achei um projeto digno, que realmente pode ajudar quem necessita.
Fiquei surpresa com o nível da pobreza das famílias necessitadas, antes tinha apenas uma noção superficial. Isso me fez pensar na grande desigualdade existente em nosso país, e em como posso considerar minha vida quase um luxo em comparação a vida de muita gente. Uma vez que para essas famílias ajudadas pelo projeto, 150 reais é um valor altíssimo e que vivem em condições de extrema miséria.
Saber um pouco mais a respeito da situação me motivou ainda mais a ajudar. Não tenho a menor dúvida que esse projeto, além de melhorar um pouco que seja a vida de várias famílias, nos fará crescer muito enquanto seres humanos.
Poder observar, estar perto e participar de vidas completamente diferentes das nossas, vai nos trazer mais consciência, compaixão e ótimas experiências.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Primeiras Impressões (Francisco Abrão)

No começo, quando o professor nos apresentou o projeto da ONG UTPMP (do qual ele é voluntário), pensei em não participar, pois poderia me complicar com os meus compromissos durante o ano. Logo após, foi oferecida a oportunidade de darmos sugestões para o tema de trabalho no ano. Empolgado com a ideia de estudar algo de meu interesse, pensei em um tema que está ligado a esse projeto paralelo, e fui apresentá-lo ao professor. Afinal a ideia ficou muito boa e interessante.
Depois de trabalhar a ideia e obter a aprovação da coordenação da escola, o projeto foi apresentado a classe de forma concreta. Em particular fique feliz em saber que tive um pouco de influência nesse movimento.
Quanto ao trabalho acho que será muito legal interagir, conhecer e estudar esse "mundo" que nós não conhecemos, que está tão distante de nós. Também acho que será cansativo e, em alguns momentos, até estressante, afinal há um alto nível de cobrança e responsabilidade. Porém será bom chegarmos ao final e vermos que os nossos objetivos e desejos foram alcançados, e os resultados foram satisfatórios.

Primeiras Impressões (Guilherme Massih)

Esse projeto é uma forma de lidarmos com uma realidade muito constante no nosso país: a pobreza. Além disso é um jeito de trabalharmos coletivamente para construir casas para famílias de baixa renda e ajudá-las a melhorar suas condições de vida. A proposta da ONG UTPMP, tem uma proposta muito interessante, e os voluntários que contribuem para esse projeto estão realmente ajudando as famílias, construindo casas e tentando melhorar a qualidade de vida dessas pessoas.

Primeiras Impressões (Natália Tarassan)

Minha primeira impressão foi que o nosso projeto tem um objetivo de difícil alcance, envolver alunos do 2° ano do ensino médio num projeto social seria inviável, porém é por esse motivo que o projeto é interessante. Minha expectativa é que isso nos torne mais do que simplesmente alunos do 2° ano.

Primeiras Impressões (Stefano Minelli)

O projeto da ONG Um Teto Para Meu País realiza um trabalho com as pessoas das favelas de alguns países da América do Sul que é realmente incrível. Ter a oportunidade de participar desse projeto será, com certeza, uma experiência única. Ajudar as famílias construindo casas emergenciais é apenas o começo. Apesar de parecer pouco é uma iniciativa incrível.
Depois de ler a matéria na revista Época sobre o projeto, sei que depois de participar dele terei uma idéia completamente diferente das coisas.